quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

O Argumento Cosmológico


Deus existe?
Ou o universo material é tudo o que existe, existiu e jamais existirá?
Uma forma de responder a essa pergunta é o Argumento Cosmológico.


É assim: Tudo o que começa a existir tem uma causa.

O universo começou a existir.

Portanto, o universo tem uma causa.


A primeira premissa é verdadeira? Vamos pensar.
Acreditar que algo pode começar a existir sem uma causa é mais forçado do que acreditar em mágica. Na mágica, pelo menos você tem um chapéu e um mágico.
E, se algo pode vir à existência do nada, por que não vemos isso acontecendo toda hora?
Não, a experiência diária e a evidência científica confirma nossa primeira premissa.

Se algo começa a existir, deve ter uma causa.

Mas, e nossa segunda premissa?
O universo começou? Ou sempre existiu?
Os ateus dizem que o universo tem estado aqui pra sempre.
"O universo simplesmente está lá. E isso é tudo." (Bertrand Russel)

Primeiramente, vamos considerar a Segunda Lei da Termodinâmica.
Ela diz que o universo está lentamente perdendo sua energia utilizável. E esse é o ponto.
Se o universo tivesse existido para sempre, já teria ficado sem energia utilizável.

A Segunda Lei aponta para um universo que teve um começo definido. Isso foi confirmado por uma série de impressionantes descobertas científicas.

Em 1915, Albert Einstein apresentou sua Teoria Geral da Relatividade.
Isso nos permitiu pela primeira vez falar de maneira significativa sobre a história passada do universo.

Depois, Alexander Friedmann e Georges Lemaitre, ambos trabalhando com equações de Einstein, predisseram que o universo está em expansão.

Então, em 1929, Edwin Hubble mediu o desvio para o vermelho na luz de galáxias distantes.
Essa evidência empírica não apenas confirmou que o universo está expandindo, mas que veio a existir de um único ponto no passado finito.
Foi uma descoberta incrível, quase além da compreensão.
Porém, nem todos gostam do universo finito.
Então, não demorou para que modelos alternativos viessem a existir.
Mas, um por um, esses modelos não resistiram ao teste do tempo.

Mais recentemente, três cosmólogos renomados, Arvind Borde, Alan Guth e Alexander Vilenkin, provaram que qualquer universo que tem estado, em média, expandindo ao longo de sua história, não pode ser eterno no passado, mas deve ter um começo absoluto.
Isso até mesmo se aplica ao multiverso, se tal coisa existir.
Isso significa que "os cientistas não podem mais se esconder atrás de um universo eterno no passado. Não há escape, eles precisam encarar o problema de um começo cósmico." (Alexander Vilenkin)


Qualquer modelo adequado deve ter um começo. Assim como o modelo tradicional.

É bem plausível, então, que ambas premissas do argumento são verdadeiras.

Isso significa que a conclusão também é verdadeira.

O UNIVERSO TEM UMA CAUSA.

E, já que o universo não pode causar a si mesmo, sua causa deve estar além do universo temporal e espacial.


Ela deve ser anespacial, atemporal, imaterial, não causada e com um poder inimaginável, exatamente como DEUS.


O Argumento Cosmológico mostra que é bem racional acreditar que Deus de fato existe.

 
 William Lane Graig