quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Ateus nunca vivem como ateus por muito tempo


Analisando o diálogo entre dois colegas que se dizem ateus (e sempre fazem questão de lembrar isso, mesmo que ninguém lhes peça a opinião e mesmo que seja completamente desnecessário) pude notar claramente que são dois jovens idealistas, cheios de planos e de sonhos, como a grande maioria dos jovens de hoje. Em busca de status, em busca de fama, em busca de dinheiro, em busca de relacionamentos. Um deles é excessivamente cristofóbico e ambos são escarnecedores gratuitos. A fé de outras pessoas os incomodam profundamente e por mais que se esforcem em negar, isso fica evidente a cada vez que se deparam com um tema que envolva o nome Deus. Mas, claro, o Deus cristão, o único e verdadeiro. Se alguém pronunciar um 'namastê', um 'oxalá' ou um 'hail satan', esses dois colegas ateus provavelmente ficarão indiferentes. Mas experimenta falar em Jesus Cristo! É como falar sobre alguma pessoa que outra, cheia de amargura e ressentimento, detesta. Esta jamais perderá a oportunidade de criticar ou até difamar. E é exatamente isso que esses dois fazem. Criticam o que gostariam que não existisse, embora em seu íntimo, com a certeza de que ambos têm que não há como provar a inexistência divina, tenham plena consciência de que podem estar equivocados. 
Se não há como provar que Deus existe, menos ainda se pode provar o contrário. 
Entretanto, a fé dá ao cristão a certeza absoluta de que existe um Deus criador, onipotente, onisciente, onipresente e transcendental (e que jamais será explicado). Porém, estes dois colegas ateus, a exemplo da grande maioria dos céticos, optaram por ficar 'em cima do muro', como se isso fosse a escolha mais racional. Como se o ateísmo fosse lógico! 

Apesar de respeitar a 'crença' absurda destes dois colegas ateus, não consigo entender porque dois jovens que afirmam não acreditar em Deus agem exatamente como os jovens cristãos: traçam metas, fazem planos e alimentam sonhos. Ou seja, eles agem como se a vida tivesse sentido e houvesse um propósito maior nas coisas mundanas. Em matéria de ideologia eles até podem agir como ateus, mas nunca em matéria de comportamento!
Bom, pelo menos quando eu era ateu, comportava-me exatamente como tal: "sexo, drogas e hard core! No future! Viva o niilismo! Sem Deus, sem pátria e sem patrão". Ficava dias fora de casa, não dava qualquer satisfação a ninguém. "Ora, Deus não existe, foda-se o mundo, foda-se a humanidade!" Resumindo: eu fui mais ateu que esses dois ateus juntos. 

O que vejo no comportamento deles  é um contraste entre a moralidade de Deus e a moralidade que eles 'inventaram', 'adaptaram'. No fundo isso é bom, pois se um insensato ateu radical e militante como eu fui pôde ser capaz de compreender que Deus é tão óbvio quanto tudo o que vemos e tão inexplicável (e inobservável cientificamente) como o pensamento, sei que um dia estes dois colegas, ao adquirirem mais amadurecimento e, sobretudo, conhecimento, hão de também admitir o quanto estiveram errados.
Mas, tudo é uma questão de escolha. Tudo é uma questão de livre arbítrio.

Nada foi capaz de me convencer do contrário quando eu estufava o peito e dizia "Deus não existe". Nada e nem ninguém. Nem mesmo a possibilidade real da morte (e não foram poucas), nem mesmo o amor de meus pais, nem mesmo os tantos diálogos com cristãos. 

Muitos dizem que chegaram a Deus pelo amor ou pela dor, mas eu cheguei a Ele pela curiosidade e consequentemente, pelo conhecimento.

Enfim, o que sei com toda certeza é que estes dois colegas ateus estão muito mais próximos de Deus do que eu estava quando era ateu.
E eles têm uma grande vantagem: na minha época eu tinha que buscar o conhecimento nas bancas e bibliotecas, nos cursos de parapsicologia fora da minha cidade; hoje os livros e o conhecimento são muito mais acessíveis.
Aceitar Deus no coração só é possível quando o aceitamos primeiro em nossas mentes.


"PENSAR COMO ATEU É FÁCIL. Também não é difícil viver um ou mais dias como tal. Porém, VIVER COMO UM ATEU POR ANOS A FIO, NA PRÁTICA, É ABSOLUTAMENTE IMPOSSÍVEL! Das duas uma: ou se morre em consequência de uma vida sem propósitos e sentido objetivos, ou se deixa de ser ateu."



Renato J. Oliveira                        13 de outubro de 2016


terça-feira, 11 de outubro de 2016

A deficiente compreensão dos incrédulos


Algumas pessoas buscam o conhecimento o tempo todo, imparcial e ilimitadamente. Outras buscam-no com o meticuloso cuidado da limitação seletiva. Estes, já acostumados e adaptados às suas posturas céticas, não farão muito esforço para tentar compreender o que não lhes interessar. E não há interesse em nada que se contraponha às suas ideologias. Em outras palavras, a receptividade com que abraçam aquilo que lhes convém é tão parcial e apaixonada que estas pessoas vão simplesmente fechar os olhos e os ouvidos para todas as objeções ideológicas, mesmo que estas sejam as mais autênticas e idôneas que se pode haver (do ponto de vista racional). O fato é que agindo assim, estas pessoas limitam o seu próprio conhecimento. E um aprendizado deficiente gera ceticismo, agnosticismo, ateísmo,  paganismo, crendices, superstições e toda a sorte de doutrinas incoerentes e confusas. Não é agindo como um cético que você abrirá sua mente, muito pelo contrário, você estará delimitando sua própria capacidade de compreensão. 
Incredulidade desmedida gera incompreensão.
A mente cética vive  predisposta a repelir qualquer argumento, teoria ou ideologia que se contraponha ao seu ceticismo. Por exemplo: se a pessoa, quer seja por conveniência (particular) ou por comodismo, for um partidário comunista autodeclarado, jamais vai admitir as falhas, erros e até a inaplicabilidade da doutrina comunista no nosso atual cotidiano. Nem mesmo a história os convence. Nem mesmo a evidência gritante de que o comunismo fracassou em tudo aquilo que propunha em matéria de liberdade e igualdade. Se tivessem passado pelas privações e injustiças que o povo submetido aos regimes comunistas (todos, sem exceção) passou, quiçá pensassem de outra maneira. Mera hipótese. Mas isso é apenas um dos tantos exemplos que se tem por aí.
O conhecimento cético é um conhecimento deficiente e quanto mais 'incrédula' a pessoa for, maiores serão a sua ignorância e a sua incapacidade de descobrir coisas novas. Será sempre como um aluno que acaba de aprender algumas palavras básicas do latim e já se julga e se considera um especialista em idioma latino, ignorando as novas lições do professor ou simplesmente abandonando os estudos. Neste contexto e dentro deste mesmo panorama também serão maiores a sua soberba e a sua arrogância. Suas 'verdades' serão sempre absolutas e incontestáveis.
Para tornar-se inesquecível em suas vidas, basta que lhes mostre suas próprias contradições de forma clara, direta e precisa usando do ingrediente que menos lhes atrai: a lógica dos fatos. Provavelmente você não irá convencê-los (a menos que eles próprios admitam suas contradições), mas com toda certeza tornar-se-á inesquecível em suas vidas. 
Lembrarão de ti até na hora da morte.


Renato Curse              11 de outubro de 2016

domingo, 9 de outubro de 2016

Uma vida sem sentido


Quando um cristão se encontra à beira da ruína, deprimido, abalado e cheio de tribulações e não há um só amigo a quem possa recorrer, nem mesmo um parente, ele ainda consegue encontrar alívio na esperança de uma vida melhor, quer seja nesta ou em outra realidade.
Existe um alento, existe um alicerce que não o deixará sucumbir por completo. Esse alicerce é a sua fé. A fé em Deus, em Jesus Cristo.
O cristão tem a certeza de que esta vida é passageira, mas que existe uma nova realidade o aguardando para recompensá-lo por sua fé e suas obras. Por mais que ele sofra, nunca se sentirá abandonado. Por mais que o mundo lhe seja injusto, ele sabe que cada coisa tem seu tempo e para tudo existe um propósito maior incutido nos misteriosos desígnios de Deus. Nenhum crime e nenhuma injustiça ficarão impunes e todos os que mantiverem-se fiéis a Deus serão recompensados.

Mas, e quanto aos ateus? Como eles enxergam a vida e a existência?
Para o ateu não existe propósito nem tampouco sentido algum para nossa existência. Nós estamos aqui simplesmente porque estamos! Estamos aqui porque um dia o nada se cansou de ser o nada e decidiu dar início à existência.
Não vamos para lugar algum, morreu, acabou! Não existe alma (o princípio ativo da vida), não existe a ressurreição dos mortos em outro plano. Tudo o que fazemos está fadado ao fim eterno. Nada importa e nada tem sentido algum.
Isso sem falar que moralmente tudo está correto: roubo, estupro, assassinato, pedofilia. Se não há Deus, também não há padrão moral objetivo e tudo é permitido. Hitler e São Francisco de Assis estavam absolutamente certos em suas ideologias. Quem pode dizer que Pol Pot estava errado?

Mas, espere aí, será que o ateu se comporta como um ateu?
Claro que não! 
Se um ateu vê uma matéria na TV sobre pedofilia, assassinato ou qualquer outra injustiça, ele vai imediatamente revogar para si a moralidade cristã: "Que absurdo, isso está errado!".
A única diferença é que os ateus acreditam que todos esses crimes ficarão impunes caso a justiça dos homens fracasse. De resto, o comportamento e a reação são exatamente as mesmas de um cristão.
Quando um ateu se casa ele não quer que sua esposa siga a moralidade ateísta, mas quer que ela seja fiel a ele e que o ame (exatamente como prega a moralidade cristã). Quando um ateu tem um filho, ele até pode desejar que ele seja um ateu, mas jamais vai permitir que se comporte tal qual manda a moralidade ateísta: tudo é permitido e nada está moralmente errado. 
Na ânsia de querer negar o cristianismo, alguns ateus podem até tentar convencer as pessoas de que pouco se importam se suas esposas ou filhos comportem-se como libertinos, mas todo mundo sabe que isso é só da boca pra fora. 
Afinal, o ateu também ama, também se apaixona, também sofre por amor, por mais radicais, sensatos e despojados que tentem parecer.
O ateu também sofre a morte de um amigo ou algum parente. 

Duvido que diante do caixão de algum parente ou amigo, o ateu não se pergunte: Será que acabou aqui? 
Duvido mesmo!

Mas, não é este o ponto onde quero chegar. O que eu gostaria realmente de saber é como um ateu se comportaria se estivesse absolutamente só, se perdesse de uma só vez todos os seus amigos e familiares, se o mundo lhe virasse as costas e a depressão tomasse conta de seu ser.

O que você faria, querido ateu, você que é tão radical, tão inteligente, tão sábio, tão corajoso? 
Teria coragem de se suicidar sem pensar em qualquer consequência?

Quando algum ateu me apresentar uma resposta condizente com o sentido da pergunta, sem rodeios e mascaramentos da verdade, ele vai perceber que não é ateu coisa nenhuma. Não no sentido literal, se é que me entendem.
Não, eles não entendem!

Renato Curse                08 de outubro de 2016